Um ar frio passa pela janela. Eu vou perto e vejo as luzes do porto. aparecem um milhar de lembranças na minha cabeça e eu tento organizar elas de algum jeito lógico, mas a matemática não funciona neste caso e uma grande dor oprime meu peito.
Saio da janela e pego um copo com água, bebo devagar para passar o nervo. Fico nervoso cada segundo por que não tenho tempo de refletir o que eu estou fazendo nesta vida. Eu vou morrer nervoso por que não fui no encontro da minha liberdade. Eu fiquei preso em um emprego miserável e o sol passo pela minha frente 60 vezes até hoje.
Fantástico e brilhante ele me chamou para andar com ele e explorar um mundo de sensações. Eu sempre dei as costas para ele e falei "não tenho tempo a perder sol". Hoje acordei cedo e vi ele vir no meu encontro e perguntei se poderia viajar junto com ele. Ele deu um sorriso e me convidou para ir com ele.
Depois de esse dia jamais voltei a ver as luzes do porto. Eu estava feliz, mas estava morto.
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