Um dia normal para ascender um cigarro e deixar o vento levar a fumaça. Uma noite normal para ir no bar e beber umas quantas garrafas que anestesiam a dor do coração. Abro a janela e não vejo nada. Não vejo o que quero ver que é ela quando passa.
A satisfação de saber que você mora na mesma rua que eu me deixa feliz. Aquele moleque que joga à pipa e é feliz, muito feliz. Eu sou esse moleque, feliz só com ver passar você pela minha frente.
Na esquina está aquele velho boteco, meu primeiro lar. As suas paredes brancas com vermelho dão esse toque fino e as cadeiras velhas dão aquele charme de antigo e festivo. Suas mesas que já aguentaram e acompanharam todos os sofrimentos e aniversários. Suas paredes com marcas de sapato mostram todo o peso da vida em cada pisada.
Cerveja e brinde para matar as inconsistências desta matriz cheia de grades com alarmes. Amendoim para dar sabor a cada gole, dinheiro para pegar a saideira, amor para entender a disgraça aleia. No bar sai o melhor de mim, sinto a minha vida crescer um pouco mas enquanto se apaga com o passo dos anos.
O acontecer das coisas não é previsível, mas tenho certeza que sempre vai ter uma bebida no boteco. Vem meu bem, vem para nós amar, para deixar todo o fogo da vida num dia normal. Virar as coisas para acima e virar de novo para abaixo, e porque não, mais uma vez para acima.
Cansados depois de tanto amor, depois de tanta dor. Eu vou continuar olhando pela janelinha. Os dias normais são assim, não são previsíveis e eu só quero ver ela quando passa pela minha janela.
Este blog é dedicado para compartilhar poesias. Feito com o ânimo de mostrar os resultados das visitas da inspiração em diferentes momentos e lugares. As vezes visitas apropriadas e produtivas (desde meu humilde ponto de vista) e outras vezes visitas confusas devido que não entendo direito o que ela quer me dizer.
terça-feira, 16 de maio de 2017
quarta-feira, 3 de maio de 2017
Anacrônico
Meu bem é escrever meus sentimentos com letras. Isso deixa meu pensamento calmo e minha angustia distraida. As vezes me encontro com pessoas e lugares que relatam historias de dor tão fortes, tão fortes. Que eu me sinto o ser mais minúsculo do universo. Me sinto um cuzão sem graça.
Eu não sinto arrependimento do que fiz, nem sinto nostalgia pelo que não fiz. O que aconteceu já foi e se não pedi desculpas antes, agora peço pra você. Me perdoe por escrever com sinceridade estas letras. me perdoe por tentar desabafar com você meus pensamentos ruins e minha depressão sem tratar.
Hoje são as mesmas horas de ontem, mas todas as demais coisas são diferentes. infinitesimalmente diferentes. Não consigo falar um oi direto para qualquer pessoa. Só mexo um pouco a cabeça e contínuo meu caminho para não sei onde.
Meu bem, que privilegio tão grande é conhecer uma pessoa nestes tempos de correrias, trabalhos e pagamentos. Que bom que é conhecer você que mergulha nestas linhas procurando alguma coisa diferente além da monotonia da vida. Eu te agradeço.
Depois de votar tanto amor na lixeira, depois de dormir tantos sonhos. Vejo hoje na simplicidade a maior beleza. Vejo as letras saindo do meu cérebro como musas procurando falar para alguém. E elas voam tão longe, tão longe. Que você consegue velas na sua cabeça.
Eu não sinto arrependimento do que fiz, nem sinto nostalgia pelo que não fiz. O que aconteceu já foi e se não pedi desculpas antes, agora peço pra você. Me perdoe por escrever com sinceridade estas letras. me perdoe por tentar desabafar com você meus pensamentos ruins e minha depressão sem tratar.
Hoje são as mesmas horas de ontem, mas todas as demais coisas são diferentes. infinitesimalmente diferentes. Não consigo falar um oi direto para qualquer pessoa. Só mexo um pouco a cabeça e contínuo meu caminho para não sei onde.
Meu bem, que privilegio tão grande é conhecer uma pessoa nestes tempos de correrias, trabalhos e pagamentos. Que bom que é conhecer você que mergulha nestas linhas procurando alguma coisa diferente além da monotonia da vida. Eu te agradeço.
Depois de votar tanto amor na lixeira, depois de dormir tantos sonhos. Vejo hoje na simplicidade a maior beleza. Vejo as letras saindo do meu cérebro como musas procurando falar para alguém. E elas voam tão longe, tão longe. Que você consegue velas na sua cabeça.
terça-feira, 2 de maio de 2017
33
Lá vai o tempo andando sem preocupações. As preocupações são carregadas por nós. O que eu fiz no ano passado e o que deixei de lado chega todo no 11 de abril para me lembrar sem considerações que, eu sou um ninguém como define Eduardo Galeano.
Dias de doutorado em física e de fenômenos naturais nas costas pacíficas que colocam chuvas excessivas como dilúvios. Esses realmente afogam as pessoas, pessoas x, os ninguém. Por que naqueles desastres só pobre morre. Eles são os elegidos para o sacrifício ao Deus do dinheiro. Os que não tem noção, os que não tiveram oportunidade de morar num outro lugar, só na beira do rio, na beira do mar, no mangue, no morro.
E nós, Os decadentes. Observando a merda toda acontecer sem mexer o mais diminuto músculo, porque não somos os afetados. Os incessíveis. Eu sou um deles, pero pior: incessível e infeliz. O miserável esperando morrer afogado na porcaria que transborda toda expectativa. Só espero que a conta do mês que vem chegue mais baixa.
Os miseráveis, somos números, somos estatísticas, somos os outros, Os que não fizermos nada e deixamos passar tudo. Os invencíveis ao homem moderno e sofisticado. Os quantum da econômia.
A fome, as doenças, o amor, o dinheiro. tudo se mistura e vira uma grande montanha de vida desperdiçada. Louvado seja o miserável por que ele voltará neste mundo para ser duplamente miserável. Realmente eu já não espero sentimentos de ninguém, assim como não esperó aquele que fez 33 anos e morreu. Agora são meus 33 endividados anos.
Dias de doutorado em física e de fenômenos naturais nas costas pacíficas que colocam chuvas excessivas como dilúvios. Esses realmente afogam as pessoas, pessoas x, os ninguém. Por que naqueles desastres só pobre morre. Eles são os elegidos para o sacrifício ao Deus do dinheiro. Os que não tem noção, os que não tiveram oportunidade de morar num outro lugar, só na beira do rio, na beira do mar, no mangue, no morro.
E nós, Os decadentes. Observando a merda toda acontecer sem mexer o mais diminuto músculo, porque não somos os afetados. Os incessíveis. Eu sou um deles, pero pior: incessível e infeliz. O miserável esperando morrer afogado na porcaria que transborda toda expectativa. Só espero que a conta do mês que vem chegue mais baixa.
Os miseráveis, somos números, somos estatísticas, somos os outros, Os que não fizermos nada e deixamos passar tudo. Os invencíveis ao homem moderno e sofisticado. Os quantum da econômia.
A fome, as doenças, o amor, o dinheiro. tudo se mistura e vira uma grande montanha de vida desperdiçada. Louvado seja o miserável por que ele voltará neste mundo para ser duplamente miserável. Realmente eu já não espero sentimentos de ninguém, assim como não esperó aquele que fez 33 anos e morreu. Agora são meus 33 endividados anos.
Assinar:
Postagens (Atom)