Lá vai o tempo andando sem preocupações. As preocupações são carregadas por nós. O que eu fiz no ano passado e o que deixei de lado chega todo no 11 de abril para me lembrar sem considerações que, eu sou um ninguém como define Eduardo Galeano.
Dias de doutorado em física e de fenômenos naturais nas costas pacíficas que colocam chuvas excessivas como dilúvios. Esses realmente afogam as pessoas, pessoas x, os ninguém. Por que naqueles desastres só pobre morre. Eles são os elegidos para o sacrifício ao Deus do dinheiro. Os que não tem noção, os que não tiveram oportunidade de morar num outro lugar, só na beira do rio, na beira do mar, no mangue, no morro.
E nós, Os decadentes. Observando a merda toda acontecer sem mexer o mais diminuto músculo, porque não somos os afetados. Os incessíveis. Eu sou um deles, pero pior: incessível e infeliz. O miserável esperando morrer afogado na porcaria que transborda toda expectativa. Só espero que a conta do mês que vem chegue mais baixa.
Os miseráveis, somos números, somos estatísticas, somos os outros, Os que não fizermos nada e deixamos passar tudo. Os invencíveis ao homem moderno e sofisticado. Os quantum da econômia.
A fome, as doenças, o amor, o dinheiro. tudo se mistura e vira uma grande montanha de vida desperdiçada. Louvado seja o miserável por que ele voltará neste mundo para ser duplamente miserável. Realmente eu já não espero sentimentos de ninguém, assim como não esperó aquele que fez 33 anos e morreu. Agora são meus 33 endividados anos.
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