quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Olhando pela fenda

Observando aquela paisagem natural que fica na frente dessa casa velha. Tem uma arvore de manga que carrega milhares de frutos entre novembro e dezembro. De lindas folhas verdes escuras e tronco grosso e forte. As vezes imagina que a arvore fala, o vento confunde os sentidos, alguma vez tem passado por isso? Aquela arvore majestosa serve de moradia para varias espécies de aves e insetos. Digo isto porque segundo contam os ouvidos em alguns horários específicos formam-se sonidos melódicos, acordes como uma orquestra. O crescendo de papagaios que deixam arrepiado o coração e qualquer sensibilidade sucumbe ante aquela combinação harmoniosa e perfeita dos múltiplos habitantes daquela arvore. E chamamos de vizinhos barulhentos no bom senso da palavra. Diga senhora o que sente, diga criança que sua é a alavanca e o choro não se esconde na idade cedo. O pôr do sol do tempo deixa as pessoas pobres para observar e perceber sensorialmente e naturalmente os prazeres que oferecem esses sentidos que estão agudos na criança, primórdio do tempo!. E nós adultos vamos extraviados no meio de tanta química e tanta indústria que indiscriminadamente jogamos dentro nosso. Para infelizmente, substituir a magica que nosso próprio corpo aperfeiçoado por milhares de anos luz produz. É uma blasfêmia e uma afrenta à divina existência. Eis que tarde podemos enxergar a verdade. Sempre vivemos na mentira e essa é uma zona de conforto acolhedora de medíocres, de indivíduos vazios e robotizados. Acordei para vida no fundo do poço e voltar para acima é uma empreitada galáctica. Tu Conseguiras?. Vossa senhoria olha desde abaixo, você e você também sabem de tudo e agora?. Já foram e seriam más na próxima vida que não temos certeza se virá, eu não tenho sinceramente digo não sei meu anjo. Eu não tenho nada, como diz para mim ela: "Você não tem nada". E a deixei ai com sua percepção, com seu objetivo de vida que eu não julgo por mais impuro que seja. Afastado de incoerências interestelares, somos buracos negros com nossa luz absorvida pela gravidade da sociedade ou classe na qual nascemos sem saber de nada, inocentes!. Nossa melhor "virtude" o pensamento, é a maior maldição e nos deixa preços na nossa consciência. Esta que em grande porcentagem é subconsciente. Gatos superiores, Cachorros donos da liberdade. As linhas do tempo estão para frente e o verso é o amor que brota cada vez na tua visão. A musa celestina é você. aparece quando quer e como quer, as vezes avisa por alguma questão de misericórdia que eu produzo nela ou ela produz a sensação em mim, ou não consigo entender que diabo faço no quarto escuro quando eu poderia ir para o dia e ver a sombra das cosas nitidamente. Esta caverna de ideias esta sempre acima de mim e de você. Quero escrever esse livro e deixar uma copia na porta da sua casa. Assim seja que somente ela leia ele, já seria um livro vivido e realizado. Não sei que tempo demore essa empreitada, será o tempo de vida media desses papagaios que cantam?. Será o tempo das estrelas que vai tão lento como manda a relatividade geral do universo em forma de cone? Falando nisso, gostava tanto daquele sorvete de amendoim que já não fizeram más. O paradoxo de gostar e de sentir, a insensibilidade dessa musica harmoniosa dos pássaros e dos insetos. Parece que estão criando outros universos e cada nota é uma explosão estelar de milhões de matérias, dançando para o milagre da vida. O milagre começa com uma dança, sim. cada átomo oscila, dança cósmica que produz a vida e deixa nossa imaginação pequena a tanta perfeição e nos ombros de um Deus. Eu penso e digo: são milhares de Deuses dançando e todos merecem louvação porque são peças fundamentais, se chega a faltar algum deles não aconteceria a magica. Um fato disso é tu ativar o meu sistema nervoso central. Meus neurônios em êxtases do teu cheiro, de você toda. Alucinados estamos nessa tormenta elétrica dos transmissores e surgem as palavras como dardos ao coração que sangra no palpitar ofegante. O momento de paz chega como a chuva de verão chega para encher de água os rios e lagoas que precisam transbordar para que todos nós seres vivos sobrevivamos. Assim transbordamos para alguém e na vulnerabilidade que é a vida ficamos presos do destino que leva-os numa outra rota.

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