quarta-feira, 6 de abril de 2016

Dias e tempos

Os dias que tenho usado para pensar passam como cadáveres pela minha memória. Os dias usados para qualquer coisa são isso, são mortos. As vezes esses dias mortos aparecem como fantasmas e trazem pessoas esquecidas com lembranças atuais.

Deixa-me explicar melhor a ideia, deixa-me derrubar-me como montanha na tormenta e asfixiar você com minha sujeira armazenado de todos estes anos vividos neste planeta.

A terrível realidade enfrenta aos sonos e nesta briga eles se misturam. No meio da tormenta gerada pela batalha aparece você como uma valquíria e me resgata para um lugar melhor. 

As doze horas acordo e de novo continuo na rotina. Eu vou no trabalho e faço o que tenho que fazer para pagar as contas e ter um estilo de vida. Para não morar na miséria. Mas sou miserável sim, porque o que eu quero não consigo e as pessoas que eu quero conhecer não conheço.

Dias escuros aparecem na minha vida. Mas dias claros também são horríveis, porque a paisagem não muda meu caminho e continuo como zombie trabalhando sem saber porque nem para que.

Não faz sentido viver aqui. Eu sou oco, como quando as pessoas não tem nada adentro. Na verdade não temos nada adentro e vivemos sem saber porque e para nada.

A vida é um desperdiço de tempo, uma inerte combinação de elementos entrelaçados que em uma complexidade infinita criam um ser sem instruções. Não é
que eu precise de alguma coisa para fazer ou de um objetivo para viver. Eu sou quero apagar meus penamentos.

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