domingo, 12 de abril de 2020

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Um alivio de viver leve, sem pesos em excesso. Hoje carrego o que eu posso levar, nem mais nem menos. Ensinamento que ficou da transição do três cinco para o três e seis. Mais reflexões das que já teve, sempre pensando e refletindo toda situação que acontece e acontecerá. Sempre analisando cada movimento que é possível observar. Tudo começa de novo de quando em quando, um ciclo se repete, eu fiquei num loop de dez anos, onde repeti as mesmas coisas, os mesmos erros e o final obviamente foi o mesmo. Fiquei esperando algo diferente mesmo sabendo o final. 

Cair duas vezes e gastar dez anos não é suficiente para aprender, porem já é um inicio. Acho que dessa vez consigo sair do loop, estudei ele e percebi minhas debilidades e os cuidados que devo tomar com as pessoas mais próximas de mim. Também percebi que sou um romântico e espero muito dos outros, sem exigir deles. Eu devo ser muito mais exigente com as pessoas que quero do meu lado, se não, não vai dar certo.

Igual, mesmo planejando tudo nunca da certo, somos animais incertos, com todas as dúvidas e todas as pressões exercidas pela sociedade. Estou perdido nestes dias de três e seis. Me reerguendo como um novo ser, renascendo e olhando para o futuro com a melhor postura que posso ter neste momento. A paz do meu coração esta chegando aos poucos, parece que meu coração esta virando meu cérebro. Sinto os pensamentos, sinto os cheiros da manhã que entram pela janela e aumentam o sabor da vida de solidão. Os pequenos detalhes são fundamentais, deixarei isso anotado bem na mão, como quando ia no mercadinho.

Vou andando, vamos andando pelo caminho que escolhemos, as vezes é difícil, as vezes é impossível, porem sempre aparece a fé em qualquer pessoa ou coisa e me deixa um pouco ocupado, uns instantes de tempo que gasto para viver. O resto disso é vazio absoluto meus caros.

ontem recebi uma ligação de três y seis, É muita maturidade em um três e um seis. Queria falar tudo e não falei nada, como sempre eu guardo no meu peito para depois implodir e depois colher todos os pedaços e reconstruir peça a peça cada fibra rompida desse meu ser naufragado neste planeta absurdo.

Ontem vi que estamos longe, como a moça que fica no porto observando o barco do marinheiro no horizonte, cada segundo vira uma eternidade em distância. Fica claro que três e seis não vai ter volta mais. Como cada segundo que passa pela nossa frente. Abraço três e seis e até sempre.


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