sexta-feira, 17 de abril de 2020

Pandemia

Encontrei um diário na solidão do meu quarto. Abri ele e vi a historia de minha vida em duas páginas. imagina o curto que foi meu bom senso.

Esta noite vem a lua do frio, ventos de fora mexem com as árvores, como uma dança. No dia e na noite, sem tempo nem espaço. Simplesmente encontram-se, juntam-se, misturam-se e dançam ao som do nada. Eles dançam por que é questão de método natural, eu acho.

Vejo também pela janela, algumas pessoas que caminham pela rua, de tarde e de manhã, sem tempo nem espaço. Eles tentam conservar a sua saúde, corporal e mental. Eles andam por que é questão de método natural, eu acho.

A música de Charlie é minha nova motivação, grande Charlie, "consegui licor e fiquei bêbado no banheiro de um bar". A música de Draco me da fé. Reza por mim amor, reza por mim sempre que puder.

Os dias vão se passando assim, numa época escura, na verdade sempre foi escura. Hoje vemos essa escuridão mais de cara. Muita superficialidade na vida, pouca importância para o amor, o abraço, o beijo, a escuta, o conselho, a ajuda, a fé, a vista do mar, os sentimentos das pessoas, o sossego do cachorro depois de passear.

Tantas coisas que reconheço hoje, e não reconheci ontem. Tanto que deixei passar e tanto que vou deixar passar, Já não me preocupa, vou viver com meus créditos e com o que possa fazer neste tempo que me resta até o fim. Tomara e seja algo bom e tire o melhor da minha vida.


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