É normal ter medo em dias cinzas e é normal ter medo em dias abertos a luz do sol. É normal ter medo em qualquer instante de tempo. Fomos feitos de medo.
O parque da esquina da casa, onde tantas pessoas vão dar uma voltinha para espairecer e alguns para cuidar da saúde física e mental. Tem pessoas como eu que usam o espaço para conversar enquanto damos uma caminhada. Duas pessoas juntas já é boa companhia, já é bom demais.
Naquela praça levam os cachorros para exercitar-se, correr um pouco trás os discos voadores, também nessa praça tem amantes que se beijam nas sombras das folhas das árvores, alguns encostados no tronco. Alguns casais sentados na grama se dizem silêncios, palavras que ninguém consegue ouvir. Só as almas conetadas nesse dialogo.
Sempre acontece alguma situação especial naquela praça, mesmo eu não estando aí, sempre vejo a vida passar pelos meus olhos, mesmo eu não estando aqui. Entender as dúvidas e acalmar as dores precisa de uma arte, que ganhe em imaginação e veja o tom verde dos fatos.
Quero me aproximar do amor, da natureza, da humanidade; Como nunca antes me aproximei, com o olhar distinto e o peito aberto, com medo, porem com segurança e valentia. Usando todas as qualidades necessárias para conseguir esse objetivo de amar e ser amado.
Naquela praça tudo o que acontece é sobre amor, nestes espaços nestes sentidos todo o que percebemos se liga a uma forma de amor, aquela coisa que une as pessoas, os objetos, os bichos. Laços invisíveis que crescem como galhos de árvores, que vão ramificando até formar aquela sombra acolhedora que brinda sossego e bem estar para quem ocupa esse espaço nesse instante de tempo.
Tem árvores que precisam de cuidado para crescer, porem depois de um determinado tempo viram uma imensidão, como o céu azul da cor do mar. Sair daquele conforto sempre nos confronta com o medo, com nós mesmos. O espelho mostra o que somos. Uma mistura de elementos químicos que tem como principio fundamental arder, queimar oxigênio.
Essa praça, é a nossa casa, nosso quintal. É o cantinho onde pesquisamos dentro de nós, onde a gente se reconhece como pessoas, seres humanos bem inferiores à grandeza que envolve-nos.
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